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Em breve estaremos com uma nova cara! Mais informações, videos, fotos e ideias interessantes para você!
Aguardem!
Dra. Patricia de O. Ronconi da Rocha
Formada em Orientação e Mobilidade
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 3 10356-TO
Terapia Ocupacional
Profissão que estuda a ciência da ocupação humana para melhora do desempenho ocupacional/funcional do ser humano. Tem por objetivo a aquisição, manutenção ou melhora dos níveis de autonomia e independência por meio de atividades estruturadas e previamente selecionadas. As atividades podem ser de autocuidado, laborais, de lazer, recreativas, lúdicas ou artesanais, obedecendo a um plano de tratamento estruturado e personalizado. Atua nas áreas da saúde, social e educacional.
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
SEMINÁRIO INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA: REDISCUTINDO O SIM E O NÃO
SEMINÁRIO INTERNAÇÃO COMPULSÓRIA: REDISCUTINDO O SIM E O NÃO
DIA 26-08-2013 NO SINDSAÚDE EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
HORÁRIO: 9H AS 14H
INSCRIÇÕES LIMITADAS !
INFORMAÇÕES COM A SUBSEDE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS:
SINDSAÚDE
Diretor Regional: Victor Coque
Vale do Paraíba
R. Capitão Raul Fagundes, 920 S/10
12215-030 - Monte Castelo – São José dos Campos
Fone/Fax: (12) 3911-2725
sjdoscampos@sindsaudesp.org.br
ABERTURA
09h00 – Gervásio Foganholi – Presidente do SINDSAÚDE-SP
Roseli Ilídio – Secretaria da Saúde do Trabalhador do SINDSAÚDE-SP
EXPOSIÇÃO
09h15 - Prof. Dr. Eduardo Ferreira Valério - Promotor de Justiça de Direitos Humanos; Coordenador Adjunto do Centro de Apoio Cível e de Tutela Coletiva do Ministério Público do Estado de São Paulo; Membro da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos Humanos; membro da Comissão da Verdade
09h45 - Profa. Dra. Ana Cecília Marques – Doutora em Ciências (Unifesp); médica psiquiatra e pesquisadora do Instituto Nacional de Tecnologia e Ciência para Políticas sobre Álcool e Drogas; presidente do Comitê Multidisciplinar de Estudos sobre Dependência de Álcool e Outras Drogas da Associação Paulista de Medicina (APM).
10h15 - Padre Júlio Lancellotti – Pastoral da População de Rua e Membro da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos Humanos e Membro da Comissão da Verdade
10h45 - Desembargador Dr. Antônio Carlos Malheiros - Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo e mestrado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor titular da PUC de São Paulo, da Faculdade de Direito Padre Anchieta e das Faculdades Integradas Rio Branco. Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
11h30 – CAFÉ
12h00 – DEBATE
13h30 – PROPOSTAS DE ENCAMINHAMENTO
14h00 - ENCERRAMENTO
DIA 26-08-2013 NO SINDSAÚDE EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
HORÁRIO: 9H AS 14H
INSCRIÇÕES LIMITADAS !
INFORMAÇÕES COM A SUBSEDE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS:
SINDSAÚDE
Diretor Regional: Victor Coque
Vale do Paraíba
R. Capitão Raul Fagundes, 920 S/10
12215-030 - Monte Castelo – São José dos Campos
Fone/Fax: (12) 3911-2725
sjdoscampos@sindsaudesp.org.br
ABERTURA
09h00 – Gervásio Foganholi – Presidente do SINDSAÚDE-SP
Roseli Ilídio – Secretaria da Saúde do Trabalhador do SINDSAÚDE-SP
EXPOSIÇÃO
09h15 - Prof. Dr. Eduardo Ferreira Valério - Promotor de Justiça de Direitos Humanos; Coordenador Adjunto do Centro de Apoio Cível e de Tutela Coletiva do Ministério Público do Estado de São Paulo; Membro da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos Humanos; membro da Comissão da Verdade
09h45 - Profa. Dra. Ana Cecília Marques – Doutora em Ciências (Unifesp); médica psiquiatra e pesquisadora do Instituto Nacional de Tecnologia e Ciência para Políticas sobre Álcool e Drogas; presidente do Comitê Multidisciplinar de Estudos sobre Dependência de Álcool e Outras Drogas da Associação Paulista de Medicina (APM).
10h15 - Padre Júlio Lancellotti – Pastoral da População de Rua e Membro da Comissão Permanente de Defesa dos Direitos Humanos e Membro da Comissão da Verdade
10h45 - Desembargador Dr. Antônio Carlos Malheiros - Graduado em Direito pela Universidade de São Paulo e mestrado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor titular da PUC de São Paulo, da Faculdade de Direito Padre Anchieta e das Faculdades Integradas Rio Branco. Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
11h30 – CAFÉ
12h00 – DEBATE
13h30 – PROPOSTAS DE ENCAMINHAMENTO
14h00 - ENCERRAMENTO
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Acessibilidade ABNT 9050
Acessibilidade conforme ABNT NBR 9050
Edição de 2004.
A ABNT Agência Brasileira de Normas Técnicas estabelece critérios e parâmetros a serem observados para a construção, adaptação e instalação de mobiliários, edificações, espaços e equipamentos que oportunizem a acessibilidade.
Todos os locais, equipamentos e mobiliários que forem construidos, montados, implantados, reformados ou ampliados, somente serão considerados acessíveis a partir do momento que atender a norma NBR 9050.
A NBR Norma Brasileira Regulamentadora 9050 considera várias condições que por ventura alguma pessoa possa ter durante a vida seja essa condição de mobilidade ou de percepção de um ambiente, com ou sem ajudas técnicas: próteses, cadeiras de rodas, bengalas, sistemas assistivos e outros. Tem por objetivo proporcionar à maior quantidade possível de pessoas, independente de sua condição fisica, idade, estatura, limitação de percepção ou de mobilidade para a utilização dos recursos e do ambiente de maneira segura, autônoma, independente.
Para entender o conteúdo, os critérios e parâmetros dispostos na norma, alguns conceitos, significados de alguns termos e dimensões referenciais são adotados e necessários ao entendimento e para a aplicação da norma. Tais conteúdos estão dispostos de maneira clara e bem explicativa logo no inicio do manual.
Não temos por objetivo apresentar e esmiuçar todo o conteúdo da norma NBR 9050. Portanto, iremos nos deter a critérios e parâmetros mais usados ou comuns, porém, não mais importante do que os demais contidos na norma. Qualquer informação ou esclarecimento adicional, consulte o manual disponível em um lnk ao final deste artigo.
Vamos começar com o módulo de referência:

Todo trabalho de acessibilidade praticamente se inicia pelo conhecimento dessas dimensões que será usada para prever o espaço de que uma área/espaço/local precisa para ser acessivel por uma pessoa em cadeira de rodas - P.C.R.
Área de Circulação
Dimensões para deslocamento em linha reta, porém existem outros tipos de deslocamentos para consulta no manual.
Percebe-se que para uma P.C.R.deslocar-se em linha reta é preciso de pelo menos 0.90 cm de largura. A P.C.R. mais um pedestre é necessário de 1,20cm a 1.50 cm e para duas P.C.R. percorrem o mesmo local em linha reta será preciso de 1.50a cm a 1.80 cm.

Área de manobra de cadeira de rodas
Para rotação em 90º = 1.20 x1.20
Para rotação em 180º = 1.50 x 1.20
Para rotação em 360º -= diâmetro de 1.50cm

Área de transferência e Área de aproximação
A área de transferência deve ter no minimo a dimensão prevista pelo módulo de referência M.R. acima citado.
Devem ser garantidas as condições de deslocamento e de manobra para o posicionamento do M.R. junto ao local de transferência, dotado de barras de apoio e assentos nas situações previstas na norma.
Quanto a área de aproximação, frontal ou lateral do M.R.em relação ao objeto de 0,22cm a 0.55cm dependendo da atividade.
Veja as demais anotações na norma para transferências e aproximações.
Dimensões referenciais para o alcance manual
Particularmente, acredito que esse tópico da norma NBR 9050 deve ser muito bem estudado para sua aplicação principalmente por Terapeutas Ocupacionais.
Já que estudamos a atividade humana, a função da mão e o desempenho funcional/ocupacional das pessoas com deficiência, temos muito para oferecer ao empregador e à pessoa com deficiência. Com o auxilio da ferramenta "análise da atividade" poderemos alcançar uma colocação assertiva analisando a função/cargo (análise da atividade) para descobrir suas exigências e indicar a pessoa certa para a atividade/função certa e de acordo com suas capacidades e habilidades, assim como, a indicação correta nas ajudas técnicas necessárias.
Análise da função + Perfil Profissiográfico PcD + Acompanhamento em Função = Colocação competitiva e produtiva mais eficaz com índices maiores de satisfação por parte do empregador e manutenção da empregabilidade da PcD.
Particularmente, acredito que esse tópico da norma NBR 9050 deve ser muito bem estudado para sua aplicação principalmente por Terapeutas Ocupacionais.
Já que estudamos a atividade humana, a função da mão e o desempenho funcional/ocupacional das pessoas com deficiência, temos muito para oferecer ao empregador e à pessoa com deficiência. Com o auxilio da ferramenta "análise da atividade" poderemos alcançar uma colocação assertiva analisando a função/cargo (análise da atividade) para descobrir suas exigências e indicar a pessoa certa para a atividade/função certa e de acordo com suas capacidades e habilidades, assim como, a indicação correta nas ajudas técnicas necessárias.
Análise da função + Perfil Profissiográfico PcD + Acompanhamento em Função = Colocação competitiva e produtiva mais eficaz com índices maiores de satisfação por parte do empregador e manutenção da empregabilidade da PcD.
Alcance frontal para:
Pessoa em pé, pessoa sentada e pessoa em cadeira de rodas sentada.
Obs. Verifique na norma outras dimensões para o alcance manual.
Empunhadura para corrimãos e barras de apoio
Devem ter diâmetro de 3.0 cm a 4.5 cm, afastados no minimo 4.0 cm da parede/obstáculo,
Controles e dispositivos de comando
Teclas, botões e outros devem ser acionados por pressão ou alavanca com dimensão igual ou superior a 2.5cm.
Obs. Veja as alturas para a instalação desses comandos no manual.
Simbolos Internacionais de acesso SIA
Os simbolos possuem uma normatização e não podem ser estilizados. Tem por finalidade indicar que as edificações, espaços, mobiliários e equipamentos são acessiveis.
A figura deve estar voltada sempre para a direita, afixada em lugar visível ao público principalmente nos seguintes locais: entradas, áreas e vagas de estacionamento, sanitários, áreas de embarque e desembarque, áreas de assistencia para resgate, refúgio, saídas de emergência, área reservada para P.C.R, e equipamentos de uso exclusivo para pessoas com deficiência,
Quando o local ou equipamento não for acessível deve possuir um aviso indicando o local/equipamento acessível mais próximo para seu uso.
Obs: A mesma cor, dimensões e parâmetros são utilizados nos simbolos para indicar acessibilidade para pessoas com deficiência visual e pessoas com deficiência auditiva.
Verifique as demais sinalizações para sanitários, escadas rolantes, elevador, escada com plataforma e outros na norma, bem como os simbolos internacionais de comunicação.

Legibilidade das informações
Dependerão da iluminação, do contraste e da pureza da cor do ambiente. O contraste deve ser entre o texto e ou figura e o fundo e a superficie em que a informação será afixada. O acabamento deve ser fosco e evitar brilhos.
Obs: Veja a tabela existente na norma com exemplo de cores.
Aproveite e pesquise sobre o alcance visual/cone visual da pessoa sentada, em pé e da pessoa em cadeira de rodas, bem como a distância para afixação e leitura de textos, dimensionamento de letras e numeros e etc.
Sinalizações em geral
Na norma NBR 9050 é possível encontrar dimensões e orientações adequadas para cada caso como:
Sinalização tátil - Braile que não dispensa a sinalização visual em relevo e descrição em braile logo abaixo. As celas braile tem um dimensão específica quanto espaçamento, altura, largura e separações.
Os textos e leituras são adaptados para as pessoas com baixa visão ou que ainda não aprenderam a leitura em braile, devendo as imagens, figuras e texto seguirem as seguintes condições:
- Contornos fortes e bem definidos:
- Nesse caso pouco é mais, ou seja, simples e poucos detalhes;
- figura fechada, completa e com continuidade
- simetria
- os caracteres devem ser grafados em maiúsculas, com fonte, altura da figura, altura do relevo, altura do caracter e as distâncias entre as linhas e caracteres bem especificados.
Sinalização Sonora - Associada a sinalização visual e toda mensagem sonora deve ser precedida de ruido para chamar a atenção do ouvinte.Os alarmes sonoros e vibratórios são sincronizados e associados com os visuais para alertar as pessoas com deficiência visual e deficiência auditiva.
As informações sonoras verbais podem ser sintetizadas ou digitalizadas com caracteristicas especificadas na norma.
No caso do intérprete de LIBRAS, o local de seu posicionamento deve ser sinalizado com simbolo da deficiência auditiva e com foco de luz para iluminar o intérprete da cabeça aos joelhos e este foco de luz não pode projetar sombras.
Sinalização tátil em corrimãos - com anel de textura contrastante e instalado 1.00m antes das extremidades e ainda dispôr de sinalização braile avisando sobre os pavimentos do local.
Sinalização visual de degraus - instalada em todo degrau ou escada na borda do piso contrastante com o acabamento e medindo 2cm a 3 cm de largura por 20 cm de extensão.
Sinalização tátil no piso - De alerta e direcional de cor contrastante da cor do piso e quando sobreposto ao piso, o desnível não pode ultrapassar a 2mm. A modulação do piso tátil obedece a dimensões especificas. (consulte a norma).
O piso de alerta deve ser instalado:
- Para avisar a existência de obstáculos suspensos:
- Rebaixamentos de calçadas;
- Inicio e finalização de rampas, escada e escadas rolantes;
- junto a porta de elevadores;
- junto a desníveis como plataformas, palcos, vãos e outros
- mobiliário permanente
Vagas para veículos
Barras de apoio
Sanitários
Balções de atendimento
Vegetação
domingo, 10 de junho de 2012
Tecnologia Assistiva - Artigo órteses
Conversando sobre órteses: Uma intervenção
ilustrativa e didática sobre orientações e cuidados.
Patrícia L. de Oliveira1, Kety
Bráulio de Melo2, Johnny Vilcarromero Lopez3 e Claudia Franco Monteiro4.
1-Universidade do Vale do Paraíba –
UNIVAP, Bolsista CNPq – Brasil, Av: Shishima Hifumi, 2911 – Urbanova - São Jose
dos Campos – SP. patricialeite.to@terra.com.br
2- Escola do Corpo – Consultoria e
administração - Av. Dr. Adhemar de Barros, 566 sala 208 - São José dos Campos –
SP. kety@escoladocorpo.org.br
3- Universidade
do Vale do Paraíba –
UNIVAP, Laboratório de biomateriais e biodispositivos
do IP&D - Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, Av: Shishima Hifumi, 2911 – Urbanova
- São Jose dos Campos – SP. jvlopez@univap.br
4- Universidade do Vale do Paraíba -
UNIVAP, Faculdade de Ciências da
Saúde – FCS, Av: Sishima Hifumi, 2911 – Urbanova - São José dos Campos, SP. isad09@bol.com.br
Resumo: Este artigo visa identificar alguns dos
problemas encontrados no uso inadequado, por parte dos usuários de órteses
estáticas para membros superiores. Para este fim, elaborou-se um questionário,
composto de doze perguntas estruturadas e uma dissertativa. Os questionários
foram aplicados aos pacientes usuários de órteses estáticas e previamente
selecionados por meio de prontuários do setor de fisioterapia e terapia
ocupacional da CPS - Clinica de Práticas Supervisionadas na UNIVAP -
Universidade do Vale do Paraíba. Identificada a problemática quanto ao uso e
manutenção das órteses, desenvolveu-se uma cartilha ilustrativa e didática
contendo orientações diversas e de fácil entendimento. Neste sentido, esta
pesquisa objetiva mostrar uma situação, de domínio restrito, sobre um dos
possíveis problemas que os profissionais de reabilitação venham a encontrar
durante a sua prática e como os dados obtidos levaram a optar por essa
intervenção.
Palavras chaves: orientações, órteses, cartilha e
terapia ocupacional.
Área do conhecimento: IV – Ciências da Saúde.
Introdução
As órteses são
dispositivos aplicados externamente ao segmento corpóreo, com finalidade de
proporcionar melhora funcional devido a algum tipo de disfunção ou necessidade
de suporte, auxiliando em uma recuperação mais segura, rápida e eficaz junto a
pacientes com comprometimento neuromusculoesqueléticos com alterações
funcionais temporárias ou permanentes (CARVALHO, 2005). Vários são os materiais
utilizados na sua confecção, como o couro, gesso, neoprene, termoplásticos de
baixa ou de alta densidade e outros. Podem ser classificadas quanto a sua
confecção em órteses pré-fabricadas, quando confeccionadas e fabricadas em
série e disponíveis em tamanhos padronizados como P, M, ou G, e em órteses
sob-medida, cujo molde é a própria mão do paciente, respeitando a
conformabilidade de cada mão e adequam-se melhor as necessidades peculiares de
cada cliente. As órteses também podem ser classificadas quanto à função, sendo
estáticas, quando são imobilizantes, limitam e posicionam as articulações, ou
dinâmicas que são compostas de varias partes para promoverem movimentação
articular, neutralizar forças deformantes e na manutenção e fortalecimento da
musculatura envolvida(SAURON, 2003).
Alguns conhecimentos se fazem
necessários para a avaliação, indicação, prescrição e confecção de órteses.
Pode-se citar que, é preciso ter conhecimento dos materiais disponíveis e
possíveis de serem empregados na confecção e para qual patologia esses
materiais contemplam as necessidades de cada caso. Associando-o a outros
diversos conhecimentos, corroboram para a aplicação de uma órtese que venha a
repercutir e objetivar a eficácia e eficiência do tratamento. Segundo Sauron
(2003); “Para que possamos prescrever, confeccionar e avaliar o real benefício de
uma órtese para determinado paciente é necessário que tenhamos conhecimento da anatomia
funcional do membro superior, dos aspectos clínicos da patologia
e do material escolhido para a confecção da órtese ”.
Boozer
e Swanson (1990) elucidam que, para o aparelho se adapte
apropriadamente é necessário: “que haja o
apoio total das estruturas que vão ser imobilizadas. Ao mesmo tempo em que se
permita movimentação das articulações não envolvidas. Também é necessário
respeitar os arcos da mão, não causar pontos de pressão sobre a pele e nem
impedir a circulação e dar alinhamento articular apropriado”.
Além do profissional que confecciona
órteses ter esses subsídios para se apropriar de sua pratica, a experiência e
habilidade com o material também são importantes. Boozer e Swanson
(1990)reforçam que; “A fabricação de um
aparelho ortopédico é também uma arte que é adquirida pela experiência. O
iniciante deve procurar os recursos de um terapeuta experiente, sempre que
possível, para desenvolver suas habilidades”. Sendo assim, outras questões
se fazem necessárias, como por exemplo, saber se a órtese proposta está gerando o subsidio que
se pretende após sua aplicação, caso não, a suspensão é o caminho, como
salienta Sauron (2003): “A órtese pode
ser um coadjuvante da terapia física. Quando não cumpre os objetivos a que se
destina, deve ser suspensa".
Neste contexto, este trabalho tem por
finalidade apresentar, através de um levantamento estatístico, alguns dos
possíveis motivos na utilização inadequada das órteses estáticas para membros
superiores e como as orientações e cuidados recebidos são administrados pelos
usuários deste dispositivo. E ainda, aplicar uma intervenção de nível
informativo através de uma cartilha ilustrativa e didática enfatizando os
cuidados necessários com as órteses. Este estudo focaliza os materiais
termoplásticos de um modo geral por serem estes os mais utilizados e
encontrados durante a pesquisa.
Materiais e Métodos
Para este fim, aplicou-se um
questionário, contendo 12 perguntas estruturadas e uma dissertativa, abordando
temas quanto a orientações recebidas de profissionais para os usuários deste
dispositivo quanto aos cuidados na higiene, acondicionamento e outros durante o
uso deste dispositivo. Realizou-se 17 entrevistas, o que corresponde a 80% dos
usuários cadastrados como usuários de órteses estáticas para membros
superiores. Este número de usuários foi levantado durante um mês de coleta na Clinica
de Práticas Supervisionadas - CPS da Universidade do Vale do Paraíba - UNIVAP
em São José dos Campos, SP. Após, identificação dos problemas, optou-se como
forma de intervenção, a elaboração de uma cartilha informativa com linguagem
simples, clara e altamente ilustrativa a ser distribuída gratuitamente no local
estudado.
Resultados
Após a analise dos resultados,
observa-se que
a
maioria dos usuários de órteses é adulta, do sexo masculino e com o grau de
escolaridade primário, podendo ser observado no gráfico a seguir.
No gráfico 2, nota-se que as órteses
dos entrevistados vieram de locais diversos, sendo que, 35% dos entrevistados
são diagnosticados com Acidente Vascular Encefálico (AVE) e seguido por
Paralisia cerebral com 18%.
Conforme o gráfico 3, a dor,
desconforto, coceira e pontos de pressão, são alguns dos problemas enfrentados.
Dos que referiram ter algum desses problemas, 67% dos entrevistados possuíam
órteses de origem pré-fabricada, mais verifica-se também que, 33% dos
entrevistados que possuíam as órteses sob-medida também desencadearam os mesmos
problemas
Resumo: Este artigo visa identificar alguns dos
problemas encontrados no uso inadequado, por parte dos usuários de órteses
estáticas para membros superiores. Para este fim, elaborou-se um questionário,
composto de doze perguntas estruturadas e uma dissertativa. Os questionários
foram aplicados aos pacientes usuários de órteses estáticas e previamente
selecionados por meio de prontuários do setor de fisioterapia e terapia
ocupacional da CPS - Clinica de Práticas Supervisionadas na UNIVAP -
Universidade do Vale do Paraíba. Identificada a problemática quanto ao uso e
manutenção das órteses, desenvolveu-se uma cartilha ilustrativa e didática
contendo orientações diversas e de fácil entendimento. Neste sentido, esta
pesquisa objetiva mostrar uma situação, de domínio restrito, sobre um dos
possíveis problemas que os profissionais de reabilitação venham a encontrar
durante a sua prática e como os dados obtidos levaram a optar por essa
intervenção.
Palavras chaves: orientações, órteses, cartilha e
terapia ocupacional.
Área do conhecimento: IV – Ciências da Saúde.
Introdução
As órteses são
dispositivos aplicados externamente ao segmento corpóreo, com finalidade de
proporcionar melhora funcional devido a algum tipo de disfunção ou necessidade
de suporte, auxiliando em uma recuperação mais segura, rápida e eficaz junto a
pacientes com comprometimento neuromusculoesqueléticos com alterações
funcionais temporárias ou permanentes (CARVALHO, 2005). Vários são os materiais
utilizados na sua confecção, como o couro, gesso, neoprene, termoplásticos de
baixa ou de alta densidade e outros. Podem ser classificadas quanto a sua
confecção em órteses pré-fabricadas, quando confeccionadas e fabricadas em
série e disponíveis em tamanhos padronizados como P, M, ou G, e em órteses
sob-medida, cujo molde é a própria mão do paciente, respeitando a
conformabilidade de cada mão e adequam-se melhor as necessidades peculiares de
cada cliente. As órteses também podem ser classificadas quanto à função, sendo
estáticas, quando são imobilizantes, limitam e posicionam as articulações, ou
dinâmicas que são compostas de varias partes para promoverem movimentação
articular, neutralizar forças deformantes e na manutenção e fortalecimento da
musculatura envolvida(SAURON, 2003).
O modelo mais observado na amostra foi o de
posicionamento funcional da mão, que obteve 71% do total dos entrevistados,
seguido do modelo de posicionamento funcional do punho com 18%. O material de
escolha para a confecção, foi o termoplástico de alta densidade perfazendo um
total de 47%, seguido de 29% confeccionados sob medida em termoplásticos de
baixa densidade, 18% confeccionadas em neoprene e 6% em gesso sintético.
Já com o acondicionamento, 71% dos
entrevistados receberam a orientação de guardar dentro do saco plástico no
armário e apenas 18% recebeu orientação de guardar em local arejado longe de
fontes de calor.
Na limpeza, verifica-se o uso de
produtos químicos, agressivos ao termoplástico de baixa ou de alta densidade,
como mostra o gráfico 4.
Quanto ao acompanhamento pelo serviço
de terapia ocupacional 53% obteve o acompanhamento, 18% somente fez a órtese
com um terapeuta ocupacional e 29% nunca passou por um terapeuta ocupacional.
Outro fator encontrado foi o alto
índice de doações. Dos entrevistados 41% fez doação de uma órtese para outro
paciente e 12% admitiu ter recebido e usado uma órtese doada.
Na pergunta dissertativa, observa-se a
opinião e percepção do usuário em relação ao dispositivo, como mostra os
gráficos 5 e 6. Decidiu-se separar as respostas conforme a origem da confecção
das órteses para uma melhor elucidação do assunto.
A cartilha elaborada, como mostra a figura 1,
se encontra em fase final, para uma posterior distribuição gratuita na CPS da
UNIVAP.
Distribuída no formato de quadrinhos,
a cartilha contém uma linguagem clara e altamente ilustrativa e colorida,
enfatizando as orientações e cuidados importantes no uso e manutenção das
órteses.
Discussão
Os problemas diagnosticados podem não
ser somente de caráter setorial ou institucional. Remete-nos a pensar em uma
comunicação deficitária entre profissional que confecciona a órtese com o
usuário que recebe ou não essas informações e como essas são repassadas.
Pode-se
verificar que há um déficit não só motor mais também cognitivo dos
entrevistados de acordo com sua patologia diagnosticada. Sendo assim, o
cuidador tem seu papel importante no uso e manuseio das órteses. O grau de
instrução do cuidador influenciará na aquisição dessas orientações recebidas,
em que a compreensão pode não ser fidedigna.
Ou ainda, a falta das orientações e o esclarecimento deficitário,
levarem a posturas inadequadas quanto à higiene, acondicionamento e tempo de
uso.
Assim há uma série de acontecimentos em cadeia, levando a dor e
ferimentos, resultando na não utilização da órtese e queda na durabilidade do
material no enfrentamento ao stress repetitivo em seu uso diário.
Durante a entrevista nenhum usuário
relatou ter recebido a orientação do uso de água fria e sabão neutro, ao
contrario, relataram receber a orientação de limpar a órtese com álcool.
Sabe-se que esse procedimento
utilizado na limpeza agride o termoplástico, retirando a película protetora
levando ao ressecamento e posteriormente a trincas, perdendo assim, suas
características estruturais pela agressão química sofrida.
Uma questão também importante é a
doação de órteses. Embora exista a condição social, econômica e cultural do
usuário, que precisa do recurso, na qual parte para a aquisição das órteses
comercializadas ou para receptação e uso de órteses doadas, por outro lado,
raros são os profissionais que sabem o que usar na adequação e como adequar
esta órtese, justificando sua escolha na orientação ao usuário quanto a
aceitação ou não do uso da órtese doada. Para isto, é preciso saber mais dos
materiais empregados na confecção de órteses, na qual o uso de produtos que
contenham solventes químicos, como por exemplo, a cola de sapateiro, irá
prejudicar a estrutura do material, principalmente se a órtese será reajustada
ou de caráter seriada.
Apesar dessa situação ser um fato
real, mais freqüente em determinadas regiões e classes sociais, sabemos que
ainda não é o mais coerente na prescrição de uso de órteses por não estarem
dentro dos padrões anatômicos, biomecânicos e cinesiologicos importantes na
confecção personaliza para cada caso e patologia. Mas é um fato a ser
enfrentado com o conhecimento e criatividade, ponderada, que é própria dos
profissionais em terapia Ocupacional.
Quanto aos problemas que levam ao não
uso, fica claro que, as órteses sob-medida ainda são mais contemplativas que as
órteses pré-fabricadas, pois apresentaram índices menores de problemas
enfrentados e viabilizaram o uso adequado com uma adesão maior do usuário no
tratamento com as órteses.
Nota-se ainda que, na tabela 1, a diferença na
opinião dos usuários, ficando claro que os usuários de órteses sob-medida são
mais esclarecidos quanto ao uso das órteses, quanto a que se destina e os
cuidados necessários com o aparelho durante a manutenção das órteses.
Pode-se por assim dizer que o profissional que
indica e confecciona as órteses pré-fabricadas, não suprem as informações
quanto às orientações e cuidados devidos e necessários para que a órtese cumpra
seu papel coadjuvante durante o tratamento.E ainda, que as órteses
pré-fabricadas podem até ser mais acessível financeiramente do que as órteses
confeccionadas sob-medida, mais ainda assim, no conjunto final dos poucos
relatos profissionais e dos usuários de órteses, as órteses sob-medida bem
confeccionada suprem e desempenham as necessidades e objetivos almejados
durante o tratamento.
Conclusão
Conclui-se que, é preciso mais
pesquisa e a publicação de estudos sobre as órteses. Conhecer o usuário do
serviço e suas condições para melhor elucidá-lo quanto ao uso das órteses, e
desenvolver um informativo sobre as orientações e cuidados, são questões
importantes no tratamento. O conhecimento sobre as propriedades dos materiais a
serem usados na confecção, e ainda, a inclusão destes no cronograma de cursos
de graduação e especialização e correlacioná-los com a patologia e os
conhecimentos em anatomia, biomecânica e cinesiologia, corroboram para uma
confecção e aplicação eficiente e eficaz das órteses. A apropriação dos
conhecimentos somado a prática auxiliam nos questionamentos sobre a indicação
inadequada e sua posição suspensão.
Referência
Bibliográfica 1- CARVALHO, J. A. Órteses:
Um recurso terapêutico complementar. Barueri, SP: Manole, cap 1, 2005.2- SAURON, F. N. Órteses para membro superiores.
In: TEIXEIRA, E et al. Terapia
Ocupacional na Reabilitação Física. São Paulo: Roca, cap 16, 2003.
3- BOOZER, J; SWANSON, A. B. Órteses
e próteses para membro superior. In: PARDINI JR, A. G. Cirurgia da mão: Lesões não traumáticas. São
Paulo: Medsi, cap. 18, 1990.
Consulte o artigo na fonte:
sexta-feira, 30 de março de 2012
Incontinência urinária no idoso
No atendimento de atenção à saúde de idosos implica em muitos momentos a observância de controle esficteriano urinário e fecal. A medida que a idade avança, por volta dos seus 80-90 anos muitos idosos podem apresentar problemas relacionados ao controle esfincteriano. As circunstâncias e as causas da perda desse controle pode se dar de diversas formas. Pequenos escapes podem acontecer ao tossir, ao levantar, ao andar, ao rir, ao gargalhar, ao espirrar, ao pegar objetos pesados e nem sempree o idoso percebe, causando desconforto, vergonha, isolamento e até problemas mais sérios de saúde. Para a familia, se resume em uma situação de estresse e desconforto.
As principais causas da incontinência urinária são: alterações teciduais do trato urinário inferior e do assoalho pélvico, alterações do sistema nervoso central e periférico, alterações hormonais, hiperplasia prostática, doenças concomitantes, efeitos colaterais de medicamentos (diuréticos, antidepressivos, antialérgicos e outros podem favorecer a incontinência), problemas de ordem emocional, psicológico e contextual.
Uma das possíveis intervenções adotadas pela Terapia Ocupacional é um diário da incontinência para se descobrir o padrão da diurese do idoso. Após isso, adota-se uma rotina de controle esfincteriano, que muitas vezes exige muita paciência, necessitando disciplina e organização por parte do profissional, da equipe de saúde e dos familiares. Concomitantemente, o profissional precisará, em muitos casos, adotar sinalizações para auxiliar o idoso na tarefa. Essa com certeza não será a parte mais laboriosa. Conseguir o entendimento dos profissionais de enfermagem e do cuidador quanto a importância da adesão desses profissionais para o idoso se torna o maior objetivo do Terapeuta Ocupacional.
Segue abaixo algumas dicas e orientações quanto a incontinência urinária do idoso e a rotina de controle esfincteriano:
1- Quando o idoso começar a apresentar os escapes, nunca deixe o idoso constrangido ou com raiva, isso o fará menos comperativo, triste, ancioso e mais agitado - oriente a familia e cuidadores;
2- Faça o diário da diurese do idoso, anotando quando a urina é normal e quando ocorrem os escapes. Isso poderá levar alguns dias e que será necessário permitir os escapes para que se descubra o padrão da diurese:
3- Se o idoso apresentar confusão mental, dificuldade de se localizar no ambiente e por conseguinte o banheiro não chegando a tempo, sinalize o local, o caminho do banheiro com simbolos grandes, com cores constrastantes, elimine mobiliario desse percurso, sinalize o vaso sanitário. Caso perceba que há uma dispraxia, esquecimentos ou confusões para o uso do vaso, utilize de simbolos com passo-a-passo da atividade plastifique e fixe em cima do vaso. Não se esqueça de saber como é o banheiro e uso do vaso sanitário desse idoso. Os idosos de condição social precária, apresentam contextos ímpares, como: não usar papel higiênico por falta do mesmo, evacuar em vala/buraco (ausência do vaso), não reconhecer a descarga de bacia acoplada e etc.
4- Verifique a possibilidade junto à familia de adaptar o vaso sanitário na altura, a instalação de barras de apoio, a disposição do quarto do idoso e sua proximidade do banheiro, uso de comadre/papagaio no periodo noturno e de manter a luz do banheiro acessa durante a noite para melhor localização do mesmo;
5- Procure verificar a ingestão de liquido por parte do idoso, isso fará com que a rotina de controle esfincteriano seja melhor administrada, precisando orientar/levar o idoso mais vezes ao banheiro. NÂO impeça a ingestão de liquido, pois o idoso se desidrata rapidamente e piora o quadro de saúde do idoso;
6- De posse das alterações e informações, contrua a rotina de controle urinário com horários e periodos para orientar/levar o idoso para usar o banheiro;
7- Oriente a familia quanto ao uso de roupas fáceis de despir e vestir;
8- O uso de fralda noturno muitas vezes é necessário. Auxilie a familia e o idoso nesse processo que é constrangedor em muitos momentos, mas pode ser mais aceitável por parte do idoso se feito com carinho e atenção;
9- E por último,se mesmo assim os escapes aumentarem, talvez o uso de fralda diurno venha a ser imprescindível. Oriente a familia quanto aos intervalos regulares, para que não fiquem molhadas no corpo por muito tempo para evitar assaduras e posteriormente as escaras. Frize sobre a importância de uma boa higiene, principalmente nas mulheres, que a má higiene pode ser causa de infecção urinária, limpanda da vagina em direção ao ânus;
Aproveito para indicar um artigo cientifico muito interessante sobre o assunto publicado por médicos do departamento de urologia da FMRP-USP; Espero que gostem!!
Terapeuta Ocupacional
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Centro Dia de atenção ao Idoso: Uma modalidade de assistência social e saúde.
Centro Dia de atenção ao idoso trata-se de uma nova modalidade de assistência social e de saúde para os idosos semi-dependentes com grau II de dependência.
Essa nova modalidade está lotada na área de assistência social como "Projeto Quero Vida" que institui o Centro Dia norteado pelas seguintes politicas:
- Resolução 024/09 (projeto Quero Vida - Institui o Centro Dia, define normas gerais de funcionamento, caracterização e equipe minima - Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social - SEADS);
- Resolução 024/09 (projeto Quero Vida - Institui o Centro Dia, define normas gerais de funcionamento, caracterização e equipe minima - Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social - SEADS);
- Portaria 73/2007 (Que norteia os projetos nas diversas modalidades de assisência para receber subsídios);
- RDC - ANVISA 283/2005 ( Resolução da Diretoria Colegiada da Vigilância Sanitária que define parâmetros para instituições públicas e privadas ILPI e os Graus de Dependência):
- Lei 8.842/04 ( Politica Nacional do Idoso);
- Lei 10.741/03 (Estatuto do Idoso);
- ABNT NBR 9050 (Acessibilidade MR e UCR);
- Portaria 810 Ministério da Saúde ( que institui normas de atendimento ao idoso nas instituições).
Para a Resolução 024/09 e a Portaria 73/2007, Centro dia é um programa de atenção integral às pessoas idosas que por suas carências familiares e funcionais não podem ser atendidas em seus proprios domicilios ou serviços comunitários, proporcionando atendimento das necessidades básicas, mantendo o idoso junto à familia, reforçando o aspecto de segurança, autonomia, bem estar e socialização. Carateriza-se por um espaço de atendimento para idosos que possuem limitações para realização das "Atividades de Vida Diária - AVDs".
Curioso é a exigência quanto a equipe minima para atendimento de 50 utentes deste serviço descrito no Decreto 55.199/99:
- 1 Assistente Social;
- 1 Coordenador (a);
- 2 Auxiliares de Enfermagem;
- 1 Agente Administrativo;
- 2 Auxiliares de Limpeza;
- 5 Cuidadores de Idosos;
- 1 Cozinheiro;
- 1 Auxiliar de Cozinha;
- 1 Nutricionaista (recomenda apoio da rede municipal)
Diante do exposto e das necessidades atuais por nós vivenciados no cotidiano do Centro Dia, assim como o conhecimento da Resolução 316 quanto ao Ato Privativo que nós conhecemos, dialogamos muito com Coordenadora de Ação Social da SEADS. Havia um desconhecimento por parte da SEADS quanto a essa resolução, por isso, não estamos na equipe minima. Porém, ficou claro para nós que, pelo fato da modalidade ser relativamente nova, a SEADS está em constante alinhamento com reuniões e discussões quanto ao assunto juntamente com a Secretária de Saúde do Estado de SP.
Existe ainda uma discussão quanto à presença de auxiliar de enfermagem e cuidadores de idosos na equipe sendo que estes somente podem atuar frente as intercorrências e adotar condutas de saúde quando houver Enfermeiro ou Médico no Serviço. Há limites de atuação segundo o COREN/ BORN 2008 e ACI-MG para atuação dos Cuidadores de idosos.
O que ficou claro diante do exposto pelas duas Secretarias é que há muita preocupação quanto refornulação dessa modalidade, de maneira em que as duas secretarias (assistência social e saúde) possam se articular para chegar em um consenso quanto as normatizações condizentes que abarquem ambos os aspectos, atuando as secretarias interligadas na atenção à saúde do idoso, como sugere o Governo Federal.
Observamos que há um grande equívoco entre o que seja o Programa Quero Vida na modalidade Centro Dia e sua proximidade quanto a definições a cerca do que seja "Centro de Convivência".
Em um debate sobre o assunto, podemos argumentar que; um centro dia pode e deve conter um centro de convivência, entretanto, um centro dia não poderá estar contido em um centro de convivência devido a complexidade diferenciadas de assistência social e de saúde.
Um Centro de Convivência se caracteriza pelo fortalecimento de atividades associativas, produtivas e promocionais, contribuindo para autonomia e envelhecimento ativo do idoso e sua familia. A rotativídade é maior e sugere que este frequente 4 horas diárias nos programas oferecidos. Já o Centro Dia de atenção ao idoso é caracterizado por uma ação médico-social, apesar de estar lotado e regularizado pela Assistência Social. Sugere o atendimento diurno por volta das 7:30h as 18:30h de idosos que apresentem entre grau I e grau II de dependência, segundo a RDC 283 da ANVISA, veja abaixo:
3.4 - Grau de Dependência do Idoso
a) Grau de Dependência I - idosos independentes, mesmo que requeiram uso de
equipamentos de auto-ajuda;
b) Grau de Dependência II - idosos com dependência em até três atividades de
autocuidado para a vida diária tais como: alimentação, mobilidade, higiene; sem
comprometimento cognitivo ou com alteração cognitiva controlada;
c) Grau de Dependência III - idosos com dependência que requeiram assistência em todas
as atividades de autocuidado para a vida diária e ou com comprometimento cognitivo.
Apesar das brechas apresentadas pela legislação, percebeu-se a preocupação por parte da Secretaria de Saúde do Estado em dialogar e estruturar melhor essa modalidade de assistência e há PL sendo elaboradas para o caso no âmbito da Saúde.
Portanto, nós profissionais da saúde que atuamos nessa modalidade, devemos por obrigação elucidar a Gestão, equipe e os departamentos de Assistência Social de cada Muncipio, participando dos Conselhos Municipais do Idoso, das audiências públicas da saúde e da assistência, principalmente os profissionais de Terapia Ocupacional junto aos orgãos que nos regulamentam e fiscalizam para exigir a inserção deste na equipe minima proposta, já que estamos falando de um serviço de assistência social que desconhece nossa profissão e sua atução quanto as AVDs, tido como "ato privativo" pela resolução 316 e como um dos critérios de elegibilidade e de desligamento de um Centro Dia de atenção aos idosos.
Uma tarefa para nova Gestão do CREFITO - SP para esclarecer a SEADS quanto ao assunto, bem como há necessidade de posicionamento profissional por parte dos Terapeutas Ocupacionais, com o devido embasamento ético-politico que se fará sempre necessário.
Abraços à todos!
Patricia L. de Oliveira
Terapeuta Ocupacional
Coordenadora de Serviços de Saúde
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
PL Centro - Dia - Nova modalidade de atenção a saúde do idoso de média complexidade.
O Projeto Lei de Ruy Pauletti propõe a instituição de programas "centro dia", uma nova modalidade de assistência a saúde do idoso de média complexidade.
De acordo com a proposta, o idoso assistido será aquele que reside com a familia e que essa não possui condições financeiras e familiares de dar o suporte e acompanhamento de que o idoso necessite durante o dia.
No centro dia o idoso poderá contar com uma infraestrutura adequada a sua permanência durante o dia e acompanhamento de profissionais capacitados - equipe multidisciplinar composta por assistente social, nutricionista, psicóloga, médico geriatra, odontologista, enfermeira, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e cuidador de idosos.
O objetivo dos centros dias para o idoso, segundo o projeto lei, baseia-se no "atendimento das necessidades básicas do idoso, constituindo um serviço social de apoio familiar, de estímulo permanente a sua autonomia e auto-estima a fim de desenvolver habilidades de conformidade com as necessidades e capacidades individuais, preservando a sua integração social na comunidade em que vive."
Maiores informações para o acompanhamento da PL no link:
Patricia Leite de Oliveira
Terapeuta Ocupacional
CREFITO 3/10356 -TO
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